PERFORMANCES

FRIDA | Violeta Luna (México)

A persona de Frida é utilizada como um arquétipo. Um símbolo da sociedade mexicana para questionar valores, sistema, nacionalidade, “mexicanidade” e um desejo de transgressão criativa. Ela também incorpora questões relacionadas com a rejeição e o abuso vivido pelos povos indígenas que foram excluídos de um projeto nacional que aspira “ascender ao primeiro mundo”. A performer usa seu corpo como um mapa, uma geografia de onde ela cruza fronteiras que vão além do território em gênero, sexualidade, ideologia e consciência. Frida representa um lugar onde os conflitos nacionais encontram suas expressões mais contraditórias: migração, superpopulação, discriminação e as tensões entre a cultura mexicana e seu vizinho do Norte, os Estados Unidos. O tema principal do espetáculo é centrado na figura de pintora mexicana Frida Kahlo: Frida como uma personificação das mulheres que questionam e desafiam, mulheres que lutam para afirmar sua identidade além das imposições políticas ou limites de gênero. Trata-se de uma performance interativa onde o público pode escolher entre ser parte ativa do espetáculo, integrar-se, propor ações ou testemunho.

_______________________________

VIOLETA LUNA (MÉXICO)

Atriz, performer e ativista. Explora em seu trabalho a relação entre o teatro, a performance e o compromisso social. Trabalhando em um espaço multidimensional que facilita o cruzamento das fronteiras estéticas e conceituais, Luna utiliza seu corpo como território para a problematização, o questionamento e o comentário relacionado com os fenômenos sociais e políticos. Nascida na Cidade de México, Violeta é licenciada em Interpretação Teatral pelo Centro Universitário de Teatro (CUT), UNAM e na Casa del Teatro. Tem apresentado seu trabalho e ministrado oficinas e cursos em diferentes países da América Latina e Europa, assim como em Ruanda, Egito, Nova Zelândia, Japão, Estados Unidos e Canadá. Atualmente é bolsista da Creative Capital e National Association of Latino Arts and Cultures (NALAC). É membro do The Magdalena Project: International Network of Women in Contemporary Theatre e artista associada dos coletivos de performance La Pocha Nostra e Secos & Mojados, com sede em São Francisco, Califórnia. Entre seus trabalhos mais importantes, destacam-se: “Réquiem para una tierra perdida”, “Frida”, “NK603”, “Apuntes sobre la Frontera” e uma série de colaborações com o grupo La Pocha Nostra.

www.violetaluna.com

BURIED | Jilll Greenhalgh (Reino Unido)

Ao longo de 5 dias, Jill irá trabalhar com participantes da Residência investigando respostas individuais para a palavra “enterrado”. Memórias enterradas, segredos enterrados, erros enterrados, corpos enterrados, dor enterrada, provas enterradas, tesouro enterrado. Pode ser uma celebração do que acontece quando enterramos sementes no solo. Ou uma reflexão sobre o enterro e preservação de antiguidades sob a lava. Também pode ser uma resposta para as recentes catástrofes trágicas que ocorreram na região, onde uma homenagem precisa ser prestada – o que quer que incendeie a imaginação das artistas/criadoras.

_______________________________

JILL GREENHALGH (REINO UNIDO)

Jill Greenhalgh atua no teatro desde 1978. Sua carreira como atriz, diretora e produtora concentrou-se na prática experimental e seu interesse específico no trabalho desenvolvido por mulheres resultou, em 1986, na fundação do The Magdalena Project – Rede Internacional de Mulheres no Teatro Contemporâneo. Esta rede tem crescido desde então, tendo atividades em 25 países. Jill permanece como Diretora Artística Fundadora e também faz turnês com suas performances, oferecendo workshops pela Europa, Austrália, Ásia e Américas. As performances mais recentes dirigidas por Jill incluem “Las Sin Tierra 7” — Tentativas de Cruzamentos do Estreito de Gibraltar, uma peça dedicada a esses migrantes que arriscaram suas vidas para encontrar trabalho na Europa (dirigida por Nomad Teatro da Espanha), “The Water(War)s”, uma investigação a longo prazo em colaboração com diferentes grupos de artistas mulheres em todo o mundo, “The Acts – Vigia”, criada em resposta aos assassinatos de centenas de mulheres jovens em torno da fronteira do México na cidade de Juarez; “The Threat of Silence” que investiga a quietude e a paisagem; e “Daughter”, um projeto feito com as comunidades locais de artistas e não-artistas enfocando histórias pessoais de relações mãe-filha.  Estas performances já foram apresentadas em Cuba, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Argentina, Espanha, Dinamarca, França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Singapora, Austrália, Índia e Japão. Estudou performence no Dartington College of Arts, em Devon, Inglaterra (1974-76), e foi membra do Teatro Laboratório de Cardiff (1979-86). Durante este tempo ela também treinou e colaborou com o Odin Teatret (Dinamarca), Laboratorium de Grotowski (Polônia), Akademie Ruchu (Polónia), Roy Hart Theatre (França), Piccolo Teatro di Pontedera (Itália), Frankie Armstrong (UK), entre outros.  Jill foi docente em Performance Studies na University of Wales, Aberystwyth, de 2002 a 2016, especializando-se em performance física e treinamento de atores.

NUMBERS INCREASE AS WE COUNT… | Ülfet Sevdi (Turquia/Canadá)

Quando os homens morrem ou são feridos durante uma guerra, atingem o status de heróis. Mas e quanto às mulheres? As consequências ‘escondidas’ da guerra, ou seja, as consequências para as mulheres, não parecem ser um material que suscita a história tradicional ou narrativa: 1) início 2) crise 3) encontrar solução-luta 4) o fim. A performance que tem como tradução “Números aumentam à medida que contamos…” é construída em torno de uma contagem contínua: 1, 2, 3… Esta contagem se refere ao número estimado de vítimas de tráfico sexual após o início da guerra EUA-Iraque e a ocupação do Iraque depois. Se fôssemos continuar a contagem até alcançarmos o número real de mulheres vítimas do tráfico, a contagem seria sem fim. Esta situação desesperadora resultou diretamente de um processo que oficialmente deveria contribuir para a ‘democracia’.

_______________________________

ÜLFET SEVDI (TURQUIA/CANADÁ)

Da Turquia e atualmente morando em Montreal, Ülfet é escritora, diretora, dramaturga, professora e fã do teatro do oprimido. Em 2016, ela fundou o pensamento experimento produções com Nicolas Royer-Artuso para produzir obras políticas que incorporam uma pesquisa completa em ciências sociais.

URUCUM - ORÁCULO DE CORPOS DEMARCADOS | Livia Gaudencio, com direção de Violeta Luna (Brasil/México)

“Existir não tem ensaio. Terra é corpo. Corpo violado é ferida aberta que sangra de geração em geração. Por isso, todo encontro é uma oportunidade de cura.” A performance é um experimento que surge do encontro entre a artista brasileira Lívia Gaudencio e a performer mexicana Violeta Luna, para traduzir em imagens as marcas das violações históricas sofridas pela terra e pelos corpos femininos.

_______________________________

LIVIA GAUDENCIO (BRASIL/ MÉXICO)

Lívia Gaudencio é atriz, diretora e dramaturga da O Trem Companhia de Teatro e tem desenvolvido sua pesquisa artística acerca das questões do feminino e da condição social da mulher. No teatro, criou a peça “Boca Cheia D’Água”, que fala das particularidades das experiências das mulheres nos campos de concentração, e também uma releitura feminista de “Chapeuzinho Vermelho” para crianças. No cinema, escreveu e dirigiu o curta metragem ”Lembranças de Barcelona”, feito na Espanha em 2011 sobre o tema do feminicídio, que foi exibido na Mostra do Filme Livre em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Seu último trabalho, nesta linha de pesquisa, foi a criação dramatúrgica em residência no Uruguai, apoiada pelo IBERESCENA (Fondo de Ayudas para las Artes Escénicas Iberoamericanas) que resultou no texto “Noventa Minutos”. Tendo recebido leitura dramatizada em Montevideu (UY) dentro da programação do FIDAE (Festival Internacional de Artes Escénicas de Uruguay) e outra leitura em Santiago do Chile, dentro da programação do 4o EDIE (Encuentro de Dramaturgia Internacional Emergente) promovido pelo Corredor Latinoamericano de Teatro. Lívia é formada em Artes Cênicas pela UFMG, pós-graduada em Cinema pela UNIBASP e roteirista pela Roteiraria-SP.

www.liviagaudencio.com

FUCK HER | Ludmilla Ramalho (Brasil)

O corpo da performer, nu e estendido no chão, é coberto por ração e quarenta pintinhos o percorre bicando para se alimentar. Fuck Her, em tradução livre, significa “foda-a” ou “coma ela”, expressão de conotação sexual com aspecto de violência. A fúria do termo inglês, no entanto, é desarticulada pelo jogo com o termo “pinto” que designa, em português, tanto o falo masculino quanto o singelo filhote da galinha, que descobrimos ser o verdadeiro agente do consumo do corpo feminino.

_______________________________

LUDMILLA RAMALHO (BH/BRASIL)

Graduada em Teatro pela UFMG (2009) e pós-graduada em Performance pela Faculdade Angel Vianna (2013), Ludmilla Ramalho tem a performatividade como meio principal de expressão artística, trabalhando sempre no tensionamento entre as linguagens do teatro, da performance,da dança e das artes visuais. São objetos de estudo atuais em sua pesquisa a investigação de estados de consciência, identidade, violência de gênero, e estratégias de (como) ser/estar no mundo. Atualmente, circula com seus últimos trabalhos “Fuck Her” e seu solo “Orlando – Um prólogo” (Inspirado na obra de Virginia Woolf). Já participou de diversos festivais de performance e teatro no Brasil e no exterior, tais como FIT-BH, FITA e A SALTO (Portugal), Ciclo de Mujeres de Brasil (Argentina), Perfura Ateliê de Performance (BH-SESC). Vive e trabalha em BH e São Paulo.

DELAÇÃO NÃO-PREMIADA | Fernanda Vizeu (Brasil)

Baseado em fatos reais da história da Alemanha, uma artivista, traça paralelos com a atual situação política brasileira e mundial.

_______________________________

FERNANDA VIZEU (RJ/ BRASIL)

Fernanda Vizeu, brasileira, 30 anos, atriz e performer, nasceu em Curitiba e viveu no Chile de 1995 a 2006, Estados Unidos de 2006 a 2009, e na Alemanha em 2009 e de 2014 a 2016. Em 2013 se formou como atriz pela Martins Penna, no Rio de Janeiro. Suas performances “Sem título ou E as pessoas na sala de jantar” e “Catracacatraca”, criadas a partir do contexto de manifestações populares no Brasil durante as “Jornadas de Junho 2013”, viralizaram nas redes sociais. Apresentou em festivais internacionais de arte em Buenos Aires, Veneza, Nova Iorque, Seul, Brasília e Curitiba.

www.fernandavizeu.art

PRISIONEIRA 14/07 | Letícia Castilho (Brasil)

Um trabalho “quase-documental”, onde realidade e ficção caminham de mãos dadas e são mostradas de forma simples por personagem e atriz que compartilham a intimidade do seu espaço/cárcere e da sua vida com o público que a assiste. A performance traz à tona memórias e situações cotidianas que foram recriadas a partir de improvisações e montadas em sequência de quadros, sem nenhum compromisso com a linearidade narrativa. A personagem, vivendo em prisão domiciliar, recria a sua relação pessoal e íntima através da materialidade e questiona o condicionamento e a predestinação social, a contracultura, a reconstrução da identidade, a discriminação, a submissão e a resistência criativa da mulher na sociedade individualista.

_______________________________

LETÍCIA CASTILHO (BH/ BRASIL)

Letícia Castilho é atriz, diretora e professora licenciada em Artes Cênicas pela UFMG onde, posteriormente, foi professora substituta de atuação do curso de graduação em teatro da EBA/UFMG. Em 2008, ligou-se ao The Magdalena Project, tendo participado do Magdalena sin Fronteras, em Cuba, Vértice Brasil, Solos Férteis e Magdalena Segunda Generaciòn (Argentina), onde apresentou o solo “prisioneira 14/07”. Em 2009, recebeu de Jill Greenhalgh o convite para desenvolver pesquisa cênica em Aberystwyth University/Wales. Atualmente é professora dos Cursos Livres de Teatro do Galpão Cine Horto; além de vice-diretora e professora coordenadora dos cursos técnicos em Teatro do CICALT/Valores de Minas.

ESPETÁCULOS

YO CUAL DELMIRA | Verónica Mato (Uruguay)

Quatro mulheres investigam, intervêm e transformam a vida e obra de Delmira Agustini, 100 anos após sua morte. Uma esposa que diz ‘basta’. Uma artista na intimidade de seu quarto. Uma filha que denuncia. Uma amante que goza. Uma mulher no palco. Delmira, eu, você, nós… Quantas mais?

_______________________________

VERÓNICA MATO (URUGUAY)

Atriz, dramaturga, encenadora e gestora cultural. Graduada em arte dramática pela EMAD. Estudou dramaturgia com Mauricio Kartun (Arg) e gestão cultural na CLAEH. Participou de importantes festivais internacionais na América Latina: Santiago a Mil, FIBA e Mirada (Br). Autora dos textos Y él se fue soñando contigo, Sánchez, Do you really want to see me crying, Santa Rosa, Yo cual Delmira y Pedro Infante no ha muerto. Nomeada para o prêmio Florencio, em 2009 como revelação e melhor texto.  “Yo qual Delmira” estreou em 2014 e foi vencedor do Fondo Concursable na categoria criação. Realizou uma turnê no México e participou de festivais no Chile, Argentina, Brasil, Colômbia, Alemanha e Espanha (Valência, Barcelona, Girona, Logroño).  Em 2016 lançou “Pedro Infante não morreu”, projeto selecionado pelo programa Iberescena para coproduccion-Ibero-americana, Uruguai – México, com a presença de artistas uruguaios, mexicano e espanhóis. Ganhador do primeiro prêmio inédito de teatro COFONTE – AGADU 2012 com o trabalho “Santa Rosa”. Foi dirigida pela Comédia Nacional realizando uma montagem na sala Zavala Muniz do Teatro Solís (2013-2014).  Também a partir de 2018, fez uma residência artística na cidade de Beja – Portugal, no Festival do Alentejo. Foi convidada pela faculdade de ciências humanas – UDELAR a fazer uma apresentação no teatro Colóquio, onde apresentou “O Eu como discurso”.

DOMINGO | Cida Falabella (Brasil)

O espetáculo mescla fases da vida de uma mulher madura e a relação com a casa e com seus rituais de cura e renovação. Sua intimidade sendo compartilhada. Memórias, alegrias e tristezas. Depois da experiência comum, uma boa conversa com café, pão de queijo e broa de fubá.

_______________________________

CIDA FALABELLA (BH/BRASIL)

Cida Falabella é atriz, diretora teatral, professora e vereadora na capital mineira. É ativista do movimento artístico e cultural. Formada em História pela UFMG, obteve o título de mestre em Artes pela mesma Universidade.. Iniciou a carreira teatral em 1976. Em 2001 criou a Cia. Zap 18. Em 2006 levou aos palcos a destacada peça Esta Noite Mãe Coragem, baseada em Mãe Coragem e Seus Filhos, de Bertolt Brecht. Dentre outras peça dirigiu 1961 – 2013, Ano V, inspirada nas manifestações de junho de 2013 no Brasil.

A RECEITA | O Poste Soluções Luminosas (Brasil)

A todas as mulheres do mundo! Grita com o corpo a atriz Naná Sodré, na obra tragicômica que descreve um universo de uma mulher num processo de libertação. Num acerto de contas, a anônima confessa como passou a maior parte do tempo temperando suas ilusões com sal, alho e coentro com cebolinha… até mesmo em momentos desatinados. O espetáculo funciona como um foco de luz que revela as situações vividas no ambiente domiciliar/social de várias mulheres pelo mundo a fora!” Morte, violência, loucura e a intolerância de uma maneira peculiar são narradas nesse solo explorando diversos pontos de vista, abordando suas inexoráveis naturezas e revelando uma dramaturgia atual de Samuel Santos, antenada com as questões de uma personagem no seu processo limite.

_______________________________

O POSTE SOLUÇÕES LUMINOSAS (RECIFE/BRASIL)

Naná Sodré tem 43 anos, é atriz, diretora, produtora cultural e professora de Artes Cênicas formada pela UFPE, instituição na qual também já foi docente nos anos de 2008 e 2009. Funda em 2004 o grupo O Poste que a partir de 2009  denomina-se como grupo artístico e de investigação teatral, o foco do grupo é a pesquisa em matriz africana e a visibilidade do negro na arte e na vida. Em 2011 no Festival Janeiro de Grandes Espetáculos, ganha o prêmio de Melhor atriz, pelo espetáculo “Cordel do Amor Sem Fim”, em 2013 ganha o prêmio de atriz coadjuvante pelo espetáculo “Anjo Negro” e indicação de melhor atriz pelo solo “A Receita” em 2015, e no mesmo ano o grupo  ganha o prêmio de pesquisa em matriz africana pelo espetáculo “Ombela”.

MULHER, COMO VOCÊ SE CHAMA? | Janaína Matter (Brasil)

Esse solo, com atuação e dramaturgia de Janaina Matter e direção de Maíra Lour, parte do conceito de corpo como casa, como espaço de memória, permanência, criação e abraça a ideia de trazer muitas histórias em um só corpo, assumindo a ancestralidade e a ascendência para falar de hoje. O trabalho é uma busca de encontro entre o que já foi, o que é e o que pode ser. É pra responder à inquietação que provoca saber do apagamento das mulheres na história do mundo. Falar de muitas mulheres é também falar de uma, falar de uma mulher é falar de muitas. Este é um movimento de fala. É um movimento de falar de onde se vem pra tentar entender se silêncio é abismo ou ponte. É pra chamar toda mulher que já passou por aqui e as que aqui estão. É pra seguir em frente com a força e a intuição de todas elas.

_______________________________

JANAÍNA MATTER (CURITIBA/BRASIL)

Janaina Matter é atriz-criadora, dramaturga, diretora, ativista e co-fundadora da Súbita Companhia de Teatro (2007) em Curitiba, Brasil, onde atua até hoje. Dedica-se ao estudo da fiscalidade em cena e dramaturgia gestual, tendo como base técnica o método Suzuki para Atrizes e Atores, criado pelo diretor japonês Tadashi Suzuki, o qual ensina e pratica no Brasil e no exterior desde 2009. Idealizadora e articuladora do núcleo Plataforma – espaço de investigação cênica da Súbita Companhia, que promove pesquisa, workshops, residências, encontros e publicações. Em Curitiba é articuladora cultural e artística, idealizadora do espaço cultural Alfaiataria, um espaço simbólico e físico de resistência, diálogos, intercâmbios e investigações artísticas que será inaugurado em 2019.

UM LUGAR CHAMADO SIM | O Trem Cia de Teatro (Brasil)

Cansadas de ouvir tantos “nãos”, três andarilhas procuram por “um lugar chamado sim”. Ao viajarem ao redor do mundo, encontram a resposta através de histórias da oralidade mundial. No amor da mãe indígena, na generosidade da anciã celta, na união gerada pela donzela chinesa e na solidariedade das mulheres sábias da África é possível revelar o “sim” que soluciona a maior parte dos nossos conflitos. Trata-se de histórias contadas de forma lúdica e interativa, com sonoridades tocadas ao vivo.

_______________________________

O TREM CIA DE TEATRO (SÃO PAULO/ BRASIL)

Com sede em Belo Horizonte e São Paulo, O Trem Companhia de Teatro se configura como centro de criação na medida em que representa o ponto de convergência entre artistas de trajetórias diversas. Buscando diálogo tanto com o público infantil quanto adulto. Com direção artística de Lívia Gaudencio, o trabalho do grupo é marcado por uma dramaturgia autoral, já tendo se apresentado em Portugal, Chile e Uruguai e circulado por várias partes do Brasil. Um Lugar Chamado Sim é um dos mais recentes trabalho da cia e tem Livia Gaudencio na direção e dramaturgia e Bárbara Salomé, Lira Ribas e Mariana Câmara no elenco.

SHOWS

"Eu Você Um Nó" de Lara Aufranc (SP) com participação de Julia Branco (BH) e Sara Não Tem Nome (BH)

Cantora e compositora de São Paulo, Lara Aufranc apresenta seu  2º álbum solo, “eu você um nó”, no festival O Levante com participação especial de Julia Branco e Sara Não Tem Nome. O disco, gravado e mixado em janeiro e fevereiro deste ano, tem direção artística de Romulo Fróes (Elza Soares – “A Mulher do Fim do Mundo”) e mistura referências improváveis como Rita Lee, David Bowie e Metá Metá. O álbum é um relato confessional, cuja temática principal é a relação com o outro. Como viver em grupo numa sociedade que supervaloriza o indivíduo? Num mundo que vemos refletido nas telas dos celulares, com pouca escuta e senso crítico, o que é imagem e o que é real? Como é o amor na contemporaneidade? O que significa ser mulher? No repertório do show, além das faixas do novo álbum, a cantora apresenta músicas de Julia Branco e Sara Não Tem Nome, compositoras atuantes na cena independente mineira. No palco, Lara será acompanhada por Verônica Zanella na guitarra e Karen Fidelis no baixo.

_______________________________

LARA AUFRANC

Artista multimídia, Lara Aufranc é cantora, compositora, atriz e cineasta. Iniciou sua carreira musical na banda de soul e blues Lara e os Ultraleves (Em boa hora – 2015). Passados 2 anos, as criações da artista já não se encaixavam no gênero do grupo e Lara lança seu 1o álbum solo, Passagem. O disco teve repercussão positiva na mídia especializada, reconhecendo sua relevância cultural: “a diversidade de caminhos musicais joga o disco numa caixa inclassificável” – Thales de Menezes, Folha de São Paulo. Hoje a artista apresenta seu novo trabalho, Eu você um nó.

JULIA BRANCO

Julia Branco é atriz, cantora e compositora. Lançou em 2018 seu primeiro disco solo, o premiado “Soltar os cavalos”, com patrocínio da Natura Musical e produção e direção de Chico Neves. Com este trabalho, lançou também um vídeo-álbum todo dirigido por mulheres e está em turnê com apresentações por diversas cidades do Brasil, acompanhada por Chico Neves e Luiza Brina.

SARA NÃO TEM NOME

Sara Não Tem Nome é natural de Contagem, vive e trabalha em Belo Horizonte. É graduada em Artes Visuais pela EBA-UFMG. Em 2015, gravou seu primeiro álbum musical, o ‘Ômega III”, que recebeu o Prêmio Dinamite de melhor disco de música pop (2016).Entre outras gravações, destaca a 3ª coletânea da Mostra Cantautores (2013), Novíssima Música Brasileira (2016) e Mulheres Fora da Caixa – Vol.1 (2017). É integrante da banda Tarda.

Bloco Corte Devassa (BH/MG)

O Bloco Corte Devassa surgiu, em 2011, dentro da Fundação Clóvis Salgado (Cefar) em uma turma do teatro com a temática de deboche e sátira a Corte Francesa e sua decadência. Numa segunda feira de 2012, 100 pessoas fantasiadas saíram para se abraçar e celebrar pela rua Sapucaí. Após oito anos na rua, estufamos o peito pra frente, a bunda pra trás e o punho para o alto. A Corte está revirada e o minueto já não faz parte da nossa festa. Agora é calcinha e ciroula no chão, afinal nosso corpo é palco de luta, de resistência e também de afeto, de irreverência, de prazer, de desejo, de alegria.Não aceitamos estarmos enlamaçados ou engaiolados. É liberdade, é ocupação! Nossas líderes #presente!!!! Guilhotina aos donos do poder cheios de pó branco e anéis de ouro. Caravelas ao mar para buscarmos de volta o que essa corte decadente e patética nos roubou. Uma crítica a realeza eurocentrada branca que cai do poder dando lugar a uma realeza afrofuturista, gayzista e feminista.

DJ Nath Leles (BH/MG)

A DJ Nath Leles vem crescendo no cenário de Belo Horizonte apresentando muito estilo e versatilidade em sua discotecagem! “A música sempre teve um espaço muito importante em minha vida. Cresci incentivada pelo meu pai, à passear por vários estilos musicais e escutar sem preconceitos, inúmeros artistas”. Essa bagagem musical é evidenciada em sua discotecagem eclética e de exímio bom gosto!  A pista de dança é sucesso absoluto com essa Deejay que esbanja simpatia e alto astral!

Doiska MC (Barbacena/ MG)

Compositora, Poeta, MC (mestre de cerimônia) e cantora, atua desde de 2014 em Barbacena e no interior de Minas Gerais. Participou de batalhas de rimas nas cidades da região da Zona da Mata e na Capital. Produziu e participou da “Liga Feminina de Mcs MG”, primeira batalha feminina de rima na história do Hip Hop Nacional que

ocorreu em 2014 e posteriormente a “Liga Feminina de Mcs Nacional” que envolveu mulheres Mcs de 08 Estados brasileiros em 2016 em São Paulo. Trabalho de ressignificação pessoal com ênfase nas grandes transformações internas como auto aceitação, auto-estima, superação, empoderamento e resistência, além de críticas sociais e políticas, bem expressivas nos versos.

CENAS CURTAS

Trombo | Carolina Corrêa (BH/MG)

Uma mulher recebe um diagnóstico, que pode ser fatal. Um diagnóstico que, naquele momento, para ela, é fatal. Um falso diagnóstico. Uma mulher que sente a dor, que sente os golpes, que procura um alivio para sua existência. Exames, testes e ressonâncias. Quantos golpes sāo necessários para um corpo deixar de ser um corpo?

_______________________________

CAROLINA CORRÊA (BH/ BRASIL)

Atriz, Diretora, Performer, Locutora e Coordenadora Internacional do Corredor Latinoamericano de Teatro /CLT/ Minas Gerais. Carolina é Pós-Graduada em Performance e Arte pela Faculdade Angel Vianna – 2013 – Rio de Janeiro, Graduada em Comunicação Social pela PUC MG – 1998 e Professora de Língua Espanhola – Colégio Rudolf Steiner MG – Waldorf. Fundadora do Grupo Dos Dois, da Soller Centro de Artes e idealizadora do Encontro Latinoamericano de Teatro / Nova Lima / Brasil. Carolina foi indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante pelo Prêmio Usiminas Sinparc 2012. Atuou em diversas obras de teatro, como Mulheres de Hollanda e desde 2013, atua nos solos autobiográficos ficcionais TROMBO, ROMA e CAROLINA, DE LORCA, apresentados diversos festivais no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Cuba e Espanha.

Eu não sei você, mas eu sou Sapatão | Coletiva Fanchecléticas - (BH/MG)

Sa.pa.tão sapas, sapatonas, sapatas, brejeiras, caminhoneiras, futuristas, fanchas, lésbicas, cola velcro, entendidas, tesoureiras, safistas… Nós que sempre existimos. Nós que continuaremos existindo!

_______________________________

COLETIVA FANCHECLÉTICAS (BH/ BRASIL)

A fanchecléticas coletiva  reúne mulheres artistas sapabi para pesquisar, discutir e fazer teatro lésbico. A coletiva nasceu no início desse ano (2019), impulsionada pelo desejo de representatividade e necessidade de levar as vivências e singuradades sapatônicas para o palco. Com a cena curta: ‘Eu não sei você, mas eu sou sapatão’ já se apresentou em diversos lugares de Belo Horizonte como a Casa Anômala, Virada Cultural, Mostra Teatro Universitário da UFMG e da Me Mostra CEFART.

AFio | Andressa Fonseca e Beatriz Regina (BH/ MG)

O corpo só existe no tempo presente, não negocia o agora. Em um mundo com tamanho excesso de informação, passamos a habitar todos os lugares menos o momento presente. Buscando refletir sobre como a relação que temos com nosso próprio corpo reflete em nossa experiência no mundo, Afio, através da linguagem da dança contemporânea e performance explora as possibilidades que dançar com um barbante nos permite física e poeticamente.

_______________________________

COLETIVA FANCHECLÉTICAS (BH/ BRASIL)

Andressa Fonseca e Beatriz Regina são artistas da dança e professoras, cursando o último ano do técnico profissionalizante em dança do CEFART – Centro de Formação Artística e Tecnológica do Palácio das Artes. Andressa é bailarina profissional nasceu em BH-MG, possui trabalhos autorais que já fizeram parte de programações como as do Terça da Dança e o Curta Dança. Integrou em 2017 o corpo de baile do Grupo Aruanda. Beatriz  é de São José do Rio preto, interior de São Paulo. Atualmente estuda música – flauta transversal, no cefart. Já integrou o grupo experimental de dança – GED, do Corpo Cidadão e também possui outros trabalhos autorais.

Corpo em Ciclo | Luiza Adjuto (Brasília/ DF)

A partir do corpo Acrobático, manifesta se a dualidade entre masculinização e liberdade de menstruação da mulher. Numa Lira acrobática, aparelho circense, cria se momentos de tensões e de exposição do sangue menstrual.

_______________________________

LUIZA ADJUTO (BRASÍLIA/ BRASIL)

Luiza Adjuto nascida em Brasília, estudante de educação física e circo, fez residências artísticas pelo Brasil e fora estudando o corpo aéreo em cena e adaptação a teatros, além de apresentar em suas apresentações questões do corpo feminino e menstruação.

"Todas as vozes, todas elas” | Grupo de Teatro Mulheres de Luta da Ocupação Carolina Maria de Jesus (BH/ MG)

A cena retrata a realidade da violência patriarcal e a tomada de consciência de se SER MULHER. A luta, a liberdade, a independência, a união, a beleza, a VOZ que surge e se coloca, sonhos para além do dia-a-dia: trajetória de mulheres comuns que encontram na luta, o sentido das suas vidas. O antes – o agora – o que há de vir.

_______________________________

GRUPO DE TEATRO MULHERES DE LUTA (BH/ BRASIL)

O Grupo de Teatro Mulheres de Luta foi fundado em outubro de 2017, com as mulheres moradoras da Ocupação Carolina Maria de Jesus. O grupo é um coletivo de pesquisa teatral sobre questões feministas com foco na trajetória de mulheres que, na luta por moradia, passam da limitada vida doméstica, para um  outro lugar, o da luta revolucionária pela dignidade humana, dando um sentido libertário às suas vidas e à sua comunidade. O projeto se iniciou com a criação e apresentação da Cena-Performance: Todas as Vozes, Todas Elas. A estreia aconteceu no evento Ocupa Política (08/12/2017) e já se apresentou em vários eventos e espaços, como: Ocupação de Mulheres no Barreiro, Casa de Referência da Mulher Tina Martins, Mostra #NãoVaiTerCopa, ZAP 18 (09/06/2018); Mostra ELAMANIFESTA, Teatro João Ceschiatti, Palácio das Artes (23/06/2018); 19 o Festival de Cenas Curtas, Galpão Cine Horto (29/09/2019); Projeto Baixo Centro En (Cena), Centro Cultural da UFMG (30/11/2018); 13o Festival de Verão da UFMG. 

A Primeira morte da Morte | Grupo Faz Me Rir (BH/ MG)

No sertão nordestino, Rosinha desesperada foge de Simão, um perseguidor de mulheres que não dá sossego às moças da cidade. Até que, a cangaceira reformada Xica Macramê, disposta a levar um novo tipo de vida, aparece e ao tentar ajudar entra em uma grande confusão com Rosinha e Simão. Não bastando na embolada, ela ainda vai ter que usar de sua esperteza para se livrar da Morte, que nunca matou ninguém e chegou para buscá-la.

_______________________________

GRUPO FAZ ME RIR (BH/ BRASIL)

O grupo Fazmerir é o encontro de atrizes e atores residentes de Belo Horizonte e Sabará que pesquisam através do Teatro de Bonecos questões político-sociais, cultura popular, e, experimentam a vivência teatral sediados no Rancho da Cultura no bairro Pompéu/Sabará. O agrupamento se consolidou em 2018, com a criação do primeiro espetáculo do grupo – A primeira morte da Morte, uma peça de Teatro de Mamulengos que aborda temas como machismo, conservadorismo religioso e violência LGBTQ+, de forma lúdica e engraçada, para o público de todas as idades.

TRECHOS DE ESPETÁCULOS

A mulher que andava em Círculos | Marina Viana (BH/MG)

Ela andava em círculos. Ela era o próprio círculo em que andava. Andou tanto que perdeu a noção se ia ou se voltava. Uma mulher que anda meio esquecida passa por sessões de lembrança para recuperar pedaços de seu trajeto. Este trabalho traz para o palco a memória coletiva e a estética dos prospectos do teatro político na América Latina. O monólogo conduz o espectador para ambiências políticas, afetivas e existenciais da protagonista, de onde surgirão questionamentos que serão desenhados no conflito entre a memória e o esquecimento. Com esta montagem, o Mayombe ratifica sua trajetória cênica, agora partindo da memória individual (perdida) para a coletiva que sofre processos semelhantes, promovendo assim o percurso inverso de quando o tempo deixa de ser uma filosofia e passa a evidenciar sua contagem regressiva no próprio corpo. Uma reflexão sobre o tempo, as utopias e as coisas que vão ficando pelo caminho.

_______________________________

MARINA VIANA (BH/ BRASIL)

Marina Viana é atriz, dramaturga e diretora teatral graduada no curso de Artes Cênicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) com habilitações em Licenciatura e Bacharelado em Interpretação Teatral desde 2005. É integrante dos Grupos: Mayombe Grupo de Teatro, Teatro 171, Cia Primeira Campainha, e é colaboradora de vários outros coletivos da cidade de Belo Horizonte (MG). Tem uma banda, já publicou Zines, realiza prêmios e faz cabarés. Posou como modelo vivo na Escola de Belas Artes pra ajudar no orçamento da casa. Atriz e modelo. Escreve manifestos e plagicombina canções alheias.

Manifesto COISAS BOAS ACONTECEM DE REPENTE | Cynthia Paulino (BH/MG)

A anti-diva MamaCy diz tudo o que lhe vem à cabeça, antes do início de seu show de volta aos palcos. Sem papas na língua, reflete sobre o poder do feminino, a passagem do tempo, a saudade do filho, seus poetas preferidos e muito mais. Texto de Cynthia Paulino + livre adaptação de manifestos, entrevistas, músicas e textos da anti-diva Karine Alexandrino, a Mulher Tombada.

_______________________________

CYNTHIA PAULINO (BH/ BRASIL)

Cynthia Paulino é atriz, diretora, produtora, figurinista e professora de teatro. É fundadora e integrante da Companhia Teatro Adulto (MG). Dirigiu, produziu e foi premiada em diversos espetáculos, entre eles, “Fala comigo como a chuva”, eleito pela crítica nacional o melhor espetáculo da Mostra Fringe do Festival de Curitiba 2009. Escreveu e produziu “Homem-Bomba”, solo que, ao lado de “Coisas Boas Acontecem De Repente”- com texto, atuação e direção de sua autoria – integra o projeto “Adultos em Cena”, atualmente em circulação nacional. Escreve, produz e dirige o espetáculo “Há tempos não me sentia tão”, com estreia marcada para outubro deste ano. É professora de Interpretação e de Teoria e Pesquisa da Escola de Teatro PUC-Minas.

Trezentos e Sessenta Graus ou as Muitas Mortes e Vidas de Sofia | Juliana Pina (São Paulo/ SP)

A dança a música e a poesia se encontram no corpo da atriz, para revelar o que não pode ser tocado. Sofia percorre o terraço de um alto prédio em frente ao mar de onde se atira, ou é jogada, ou cai sem querer.Partindo da obra lírica “Trezentos e Sessenta Graus ou As Muitas Mortes e Vidas de Sofia” publicada pela Lamparina Luminosa, o projeto investiga poeticamente, em linguagem entre o teatro e a dança, a morte violenta de pessoas jovens, especialmente por suicídio e a saudade dos que ficam e não sabem nem nunca saberão o que de fato ocorreu. O que se pesquisa também é a arte da presença e do afeto que envolve a comunicação com o público, que presenciará os acontecimentos enigmáticos e inexplicáveis como uma dança poema que às vezes se distancia de si mesma para questionar a vida e suas intermináveis perguntas. 

_______________________________

SÔNIA DE AZEVEDO E JULIANA PINA (SÃO PAULO/ BRASIL)

Sônia de Azevedo e Juliana Pina, com desejos, corpos e vozes latentes e vorazes por expor e dizer, gritos entalados na garganta por necessidade de contar e de contato se encontraram ainda na Faculdade Artes Cênicas, Azevedo como professora e Pina como estudante. Após um curso de Laban se conectaram e Azevedo notou que Sofia (sua personagem escrita anos antes) precisava falar através do corpo de Pina.

Ensaio para Senhora Azul | Kelly Crifer (BH/ MG)

Uma mulher líquida, que despeja, molha, encharca e logo escoa, escorre, jorra depoimentos como num surto, numa escalada maníaca.

/Diante da plateia uma cadeira, uma cantoneira, um balde, uma boneca que gira, copos de água e uma mulher com todas as suas questões existenciais. Um grito, mas não como o de Edvard Munch, e sim um desabafo que nos toca ora pela comicidade do desespero da personagem, ora pelo drama que vemos quando ela está diante de um beco sem saída e então nos convida, plateia, a ajuda-la sair para um abismo de simbologias e significados pessoais e universais.

_______________________________

KELLY CRIFER (BH/ BRASIL)

Kelly Crifer atua como professora dos cursos livres do Galpão Cine Horto de 2010. Como atriz: NO CORAÇÃO DO MUNDO Gabriel Martins e Maurílio Martins InternationalFilm Festival Rotterdam 2019 Tiger Competition Mostra Oficial. OS INCONTESTÁVEIS de Alexandre Serafini. JUBILEU Samuel Marota. CONTAGEM Gabriel Martins e Maurílio Martins Melhor atriz prêmio SESC-SATED. RUÍDOS MUDOS de Haendel Melo. Espetáculos: BANHO DE SOL Zula Cia de Teatro, ENSAIO PARA SENHORA AZUL, OS ANCESTRAIS, texto e direção de Grace Passô. Bacharelado em Interpretação Teatral e Licenciatura em Teatro UFMG.

WORK IN PROGRESS

Quem anda no Trilho é Trem | Bárbara Salomé (São Paulo/ SP)

Quem anda no trilho é trem é uma obra teatral de autoficção como toda memória de infância pode ser. É a narrativa de duas mulheres no interior de Minas Gerais  – sobrinha e tia – donas de um sonho em comum: existir. A sobrinha conta a história da Tia que sonhava cantar numa rádio da capital, mas acabou se desiludindo de forma trágica. Uma pesquisa sobre a normalidade/loucura, a infância e os caminhos e desvios que nos levam para quem somos.

_______________________________

BÁRBARA SALOMÉ (SÃO PAULO/ BRASIL)

Bárbara Salomé é atriz e palhaça. Estudou teatro na UFOP-MG e especializou-se em Humor pela SP Escola de Teatro\SP. Pesquisa a Linguagem do palhaço desde 2008 e atualmente faz parte do Coletivo de palhaças ah!gente secretx. Como atriz, colaborou com diversas companhias, entre elas: Os Satyros, ExCompanhia de Teatro, Andar 7, Caxote Coletivo, Cia Afeta, entre outras. Fez uma turnê com o espetáculo infantil Servos de Pan pela Europa no ano de 2016. Com o trabalho Por acaso, navalha foi indicada ao prêmio R7 Melhores do Teatro na categoria Artista Revelação. Em 2017 criou a [ C A S A _ coletivo de arte] espaço de investigação e encontros cênicos.

DEMONSTRAÇÃO DE TRABALHO

A Coral | Canto coletivo de mulheres (BH/ MG)

O “Canto coletivo de mulheres” é um trabalho musical idealizado por Greyce Ornelas para mulheres no intuito de estudar o canto como ferramenta de expressividade e desenvolvimento pessoal a partir do Canto em Coletivo de canções feitas por compositoras sobre o universo feminino e sociedade. A mostra apresentará algumas canções estudadas no processo, performadas pela “A Coral” coletivo criado pelas participantes do curso, instigadas a continuar no estudo do canto, da música e da criação.

_______________________________

CANTO COLETIVO PARA MULHERES (BH/ BRASIL)

O canto coletivo para mulheres vem se desenvolvendo desde início de 2018 e nasceu da vontade pessoal de trabalhar com a cura do feminino e as relações entre as mulheres através do canto. No percurso que caminha para a 4ª edição, o curso já recebeu cerca de 25 mulheres desejosas de colocar suas vozes no mundo com imersões semanais de duração de 4 meses, onde trabalhamos canções com temas do universo feminino e sociedade feitas por compositoras atuais de Belo Horizonte e outras cidades brasileiras para montagem de uma performance que é apresentada em coletivo ao final de cada ciclo. A Coral é um desdobramento do canto coletivo de mulheres, um aprofundamento no universo da voz, da música, da palavra e das canções.

VIVÊNCIA

Lua Cheia: ensaio sobre o afeto | Casa de Lua (BH/ MG)

Uma mulher nunca está só. Uma mulher veio de outra mulher que veio de outra mulher que veio de outra mulher, desde os tempos imemoriais. E é pra lá que ela volta quando outra vida está sendo gerada dentro de si. Abrimos um círculo de histórias que nos levam aos nossos ciclos, aos nossos nascimentos e aos nossos partos. Escutar essas vozes e as fases da lua, acalentar-se ao som do acalanto, tomar um chá quentinho no fim do dia, transformar cada encontro em afeto: é aí que começa o nosso “era uma vez”.

_______________________________

CASA DE LUA (BH/ BRASIL)

Somos um grupo de profissionais brincantes e além, das brincadeiras em festas e escolas, pesquisamos a arte de contar histórias que atravessam gerações e fazem parte de muitas infâncias. Nesse novo projeto – Lua Cheia, contamos as histórias de mulheres que como nós, são atravessadas por muitos afetos.

Fechar Menu